Monday, September 25, 2023

Wake me up, when September ends...


Além da META - Depto. de Crimes Metalinguísticos volume 3 (que eu continuo desenhando) e a adaptação de "Onde Andará Dulce Veiga" (que eu já desenhei e estou pintando) eu ainda tenho que terminar de escrever a "Setembro, Quando Estivemos Aqui", que tem arte do Samuel Bono e foi contemplada pelo ProAC.

Setembro nasceu de uma conversa com a Germana Viana durante o FIQ de 2015, quando dividimos mesa. Na época o FIQ acontecia no final do ano, algumas semanas antes da CCXP, mas passados os eventos retomamos a falar sobre o projeto no dia 13 de janeiro de 2016, e muita coisa que entrou na história saiu dessa conversa. Na época a gente chegou a pensar em apresentar pra algumas editoras antes de decidirmos montar o projeto pro ProAC. Mas dai eu fui pro Canadá, a Germana engatou outros projetos e eu fiquei com dez páginas de roteiro escritas e nenhuma desenhada. 

O tempo passou, eu voltei do Canadá e acabei apresentando o projeto pro Samuel Bono, um cara que eu já curtia bastante o trabalho da época que publicamos juntos no Rei Amarelo da Editora Draco. O Bono curtiu pra caramba a história e mandamos pro ProAC em 2022. Mas não rolou. Ano passado foi a vez do Meta volume 3, né? Mas eu resolvi tentar novamente esse ano e dessa vez rolou.  

Pensando bem, tanto a Dulce Veiga quanto a Setembro são frutos de sementes plantadas ano passado (a Meta 3 também, ela só germinou mais rápido) e ano que vem vai ser ano de colheita. Claro que eu ainda tenho que terminar tudo isso até o final do ano pra poder desenhar Ozman ano que vem, mas tô reclamando? De jeito nenhum!!! Não tem jeito melhor de comemorar os 10 anos de lançamento da Ozman Nemesis que esse. 

Humor: muito bom
Ouvindo: Wake me up when september ends (Green Day)
Lendo: Metamorfose (Peter Kuper)
Assistindo: Ahsoka
Jogando: Pokemon Go
Comendo: Stiksy
Bebendo: Cerveja
Na Net: At the Witches' Crossroads


Thursday, September 21, 2023

Encontrando Dulce Veiga.


Acho que já posso falar sobre esse assunto, né? Pois é, depois alguns meses de conversas com a editora posso finalmente falar que "Onde Andará Dulce" vai rolar (não vai sair a tempo pra CCXP desse ano, mas quem esperou 9 anos pode esperar 10, né?)

Em 2013, depois de levar quase 10 anos para desenhar 12 páginas da Ozman Nemesis eu fui convidado a desenhar uma Graphic Novel de 45 páginas em algo em torno de 45 dias. Quem me conhecia na época tinha certeza que não ia rolar... eu achava que não ia rolar, mas mesmo assim aceitei o projeto.

A hq era a adaptação do livro "Onde Andará Dulce Veiga" de Caio Fernando Abreu, e o roteiro ficou a cargo do Arnaldo Branco e minha experiência quadrinistica antes disso (somando as 12 páginas supra citadas, algumas histórias publicadas na Front e Fanzines) não totalizavam isso. Ok eu já tinha desenhado uma HQ longa que não havia sido publicada (ainda bem), mas dessa vez seria diferente (será?)...
A primeira coisa que fiz antes mesmo de receber o roteiro foi assistir o filme dirigido pelo Guilherme de Almeida Prado, que me ajudou um pouco a visualizar os personagens, mas assim que recebi o roteiro comecei a fazer o meu próprio casting.

Passei o final de 2013 produzindo referências e iniciei 2014 desenhando de segunda a segunda, produzindo uma página por dia enquanto sonhava com a piscina nos dias mais quentes de janeiro. Mas na terceira semana eu não aguentei... tirei um dia longe do computador para recarregar as energias. Dai pra frente as quartas eram meu dia de folga, mas meu prazo estava estourando e ainda tinha umas 20 páginas pra desenhar. Pedi mais duas semanas pra terminar a história, depois pedi mais uns dias pra desenhar as últimas páginas e acabei descobrindo que tinha que letreirar a história e ainda faltava a capa. O carnaval estava rolando lá fora e eu estava terminando de desenhar a história que eu tinha que entregar no final de janeiro. Mas tudo bem, HQ pronta e entregue agora é só esperar ela sair, certo? ERRADO... Embora eu tenha sido pago bonitinho a HQ nunca foi publicada e acabou ficando na gaveta da editora até o contrato vencer.
De tempos em tempos eu olhava no site da editora, ou procurava em sites de venda pra ver se a HQ havia sido publicada até que acabei desistindo.

Corta pra 2022, depois de lançar mais três revistas do Ozman, depois de ter participado do Rei Amarelo em Quadrinhos e principalmente depois de ganhar um Jabuti com a Meta. Durante uma live junto com o Saravá eu acabei mostrando algumas páginas da Dulce Veiga e me perguntaram "Isso não saiu? Por que você não vai atrás da editora pra ver se não consegue publicar por conta própria?". Bom não é tão simples, né? O roteiro da HQ é do Arnaldo e a história é do Caio Fernando Abreu, então tem toda a questão dos direitos etc. Mas resolvi tentar. Primeiro fui atrás da editora original que havia me contratado lá em 2013, mas os direitos de publicação da obra já não estava mais com eles. O próximo passo foi ir atrás do contato da editora que agora detem os direitos (e devo o meu muito obrigado ao Gabriel Bá e ao Fábio Moon que me passaram o e-mail do editor).

Tentei algumas vezes ano passado, mas foi só no começo desse ano que consegui uma resposta lá da editora. Como disse lá em cima foram alguns meses de conversas mas finalmente estou colorindo as páginas da história que originalmente seria preto e branca pelo simples fato que não haveria tempo pra pintar a HQ no prazo que haviam me dado.

Estou pintando conforme eu tenho um tempinho, entre uma página e outra do Meta Volume 3, e em breve tenho que voltar a escrever a "Setembro" (que foi contemplada pelo ProAC). A Ozman nova ficou pro ano que vem, quando eu tiver terminado todas essas pendências, mas já bati papo com o Cariello e gostei bastante da ideia dele pra história. Por mais que eu esteja bem ansioso para voltar a desenhar o meu vampirinho, eu não posso reclamar, né?

Humor: bom
Ouvindo: Danger Zone (Psychostick)
Lendo: Justiceiro por Garth Ennis volume 1
Assistindo: Ahsoka
Jogando: Pokemon Go
Comendo: pão na chapa
Bebendo: Toddy com Nescafé
Na Net: A Vida de John Byrne

Thursday, June 15, 2023

A Morte do Justiceiro

 


Eu fui acordado essa noite pelo Justiceiro. Sonhei que estava lendo o último capítulo de sua história e quando acordei às 5:30 da manhã acabei fazendo exatamente isso. 

Comprei os encadernados da Panini com as edições que eu não tinha lido de Punisher Max e devorei a série de forma tão brutal somente a violência de Frank Castle poderia servir de comparação. Li as primeiras histórias escritas por Garth Ennis anos atrás, na época que essas histórias foram publicadas na revista Marvel Max, mas não me dei conta que ainda tinham mais histórias, e que elas haviam saído em encadernados depois do cancelamento da revista. 

Anos se passaram e eu resolvi ir atrás desses encadernados depois de uma maratona de filmes do Justiceiro desencadeada pela morte do Ray Stevenson e uma série de leituras que incluiram outros títulos escritos por Garth Ennis. Só que essas histórias novas não foram escritas por Ennis, e embora os três primeiros encadernados ("As Meninas de Vestido Branco", Seis Horas Para Matar" e Bem Vindo a Bayou") sejam bem legais, eles não acrescentam muito ao personagem ou mesmo ao que Garth Ennis construiu em sua passagem pelo personagem. E dai eu me dei conta de quem escrevia os próximos quatro encadernados do personagem Jason Aaron... o cara que no último ano se dedicou a assassinar o Justiceiro para a Marvel.

Eu não sabia, ou não lembrava, que ele já tinha escrito Justiceiro quando foi anunciado que ele escreveria uma nova série do personagem há pouco mais de um ano, e que nessa série ele trocaria a caveira branca de seu uniforme por um símbolo vermelho que lembra um demônio genérico, e por mais que eu acredite que essa história nunca deveria ter sido escrita eu acho que agora entendo o que ele fez. Em sua passagem pelo Justiceiro Max, Jason Aaron escreveu a história final do personagem, e embora tenha lá seus problemas (coisas que ele acabou reciclando em sua passagem no Thor e na péssima "Pecado Original"), eu tenho que admitir que é uma história muito boa. A industria de quadrinhos mudou nesses últimos dez anos e mais ainda o mundo mudou mais ainda. A imagem de pessoas usando o símbolo do Justiceiro nas últimas páginas da edição 22 de Punisher Max virou mais real do que a Marvel ou o próprio Aaron acreditariam possível, mas a morte do Justiceiro teria sido mais digna dessa forma. 

Humor: bom
Ouvindo: 100% (Sonic Youth)
Lendo: Justiceiro Max
Assistindo: Superman & Lois
Jogando: Pokemon Go
Comendo: pão na chapa
Bebendo: Toddy com Nescafé
Na Net: The Punisher: Dirty Laundry 

Monday, April 10, 2023

Star Wars Drama

Eu falei uma vez e repito. A fan base de Star Wars é a mais tóxica que existe. Se por um lado tem gente reclamando que a Ahsoka ou a Bo Katan estão roubando o "protagonismo da Saga" (claramente não assistiu Clone Wars nem Rebels), tem os malucos EXIGINDO que tragam o Kylo Ren de volta dos mortos pro filme da Rey. 

A primeira turma tá reclamando que o Din Djarin teve a série sequestrada pela Bo Katan, e que ela não merecia o sabre negro... na minha humilde opinião, por mais que o Din seja um personagem legal, ele claramente não é um líder, ele nem quer ser um líder, nunca quis, ele só quer cuidar do Grogu, e ganhar uns trocos como mercenário. O Paz Vizsla seria um bom candidato ao cargo, mas ele não venceu o Din, então né... fora a Bo (que É a candidata certa ao cargo por vários motivos), tem a Sabine Wren, que também é de uma casa influente de Mandalore e já foi portadora do sabre, mas ela também reconheceu a Bo Katan como líder dos mandalorianos, então, onde a série está errando?

A outra reclamação é que a série da Ahsoka é uma versão meia boca de "Heir to the Empire" e "Nós exiginos uma versão igual à do livro". Porra, o livro foi escrito a 30 anos, antes das trilogias prequel e sequel, e realmente é uma sequência muito melhor que as que nos foi apresentada pelo J.J. Abrams, então será que não dá pra comemorar que ela esteja sendo preparada de certa forma com o Mandalorianverse e eventualmente com o filme(s) do Dave Filoni?

E finalmente o filme da Rey... eu admito que sou quase hater nesse caso (só não chego a ser pq não me importo o suficiente)... tem gente fazendo abaixo assinado pra trazer o Kylo Ren... olha, nem como Force Ghost, pq nem ele, nem ela tiveram treinamento adequado pra isso (o que não impediu o monte de bizarrices dos filmes mas esse não é o caso). 

Mas daí agora estão ressurgindo boatos de que era pra Rey ser filha do Obi-Wan, o que provavelmente seria um problema pois a Rey (Daisy Ridley 1992) teria que ser no pior dos casos uns 20 anos mais nova que os gêmeos Luke (Mark Hamill 1951) e Leia (Carrie Fisher 1956). Isso num caso tipo  o velho Ben Kenobi ter saido com uma Tatooineira dois dias antes de resgatar o Luke e ter literalmente ghosted ela do outro lado da galaxia. 

Outra possibilidade seria ela ser a filha do Obi-Wan com a Satine, fazendo a Rey meio Mandaloriana (olha que legal, Mandalorianos estão na moda), só que para isso ser possível ela teria que ser MAIS VELHA que o Luke e a Leia!!! Claro que, até onde eu saiba, não tem nenhum registro oficial que diga que a longevidade dos mandalorianos é equivalente a dos tattooineiros (adorei esse termo e vou usar com mais frequência), mas considerando que a Bo Katan teoricamente tem no minimo uns 60, 70 anos (e ela tá muito bem obrigado), então vai ver que ela vai dar uma de Arwen com o Din Djarin.

Esse texto era pro Facebook, mas daí pensei "quer saber, foda-se pra que gastar saliva", então postei aqui, onde ninguém interage com o que eu escrevo. 

Bom estamos na segunda semana de abril, eu fui pra Toronto, curti umas férias, lançamos a Meta 2 na Monstra, daqui algumas semanas sai a Meta pela Scout, estou desenhando a Meta 3 e em breve volto com outras novidades pra registrar aqui. mas de qualquer forma feliz 2023 ;)

Humor: bom
Ouvindo: I Remember You (The Ataris)
Lendo: Jambo e Ruivão
Assistindo: Andor
Jogando: Drop the Number
Comendo: Salada
Bebendo: Red Bull
Na Net: Ahsoka Trailer