Monday, July 14, 2014

A história de Hrafnar.

Fiz a imagem abaixo para ilustrar um conto que escrevi para meu vampiro viking Thorne Toothgrinder. Nessa história eu utilizo vários termos referentes ao Vampiro a máscara justamente pq adaptei a história dele ao jogo. Qualquer dia ainda faço uma HQ dele (obviamente tirando todos elementos que não me pertencem) mas por enquanto fica aqui o conto. 


Talvez vocês já tenham ouvido Thorne contar essa história, talvez ele a tenha contado durante um entediante evento da camarilla, entre a segunda e a terceira garrafa de hidromel... Você sentou ao lado dele e ele sem motivo aparente começou a contar uma história... vendo o seu interesse ele seguiu falando, enchendo mais uma vez o drinking horn... ou talvez você tenha ouvido a beira da fogueira como tantos outros Gangrel... não importa se Thorne ainda não lhe contou a história de Hrafnar, é porque você nunca conversou muito com ele. Normalmente a história começa assim... Thorne coloca mais hidromel no chifre, o levanta e começa a falar...

- Puff camarilla, sabbat... Vocês são manipulados por Ventrues e Lassombras... não gosto de Lassombras e vou lhe contar o motivo... essa é a história de Hrafnar, o corvo. Entenda que em minha época aqueles que se tornavam imortais pelo sangue normalmente recebiam novos nomes, fosse para homenagear algum deus ou para enaltecer alguma característica. Sua nova vida se iniciava naquele momento, você agora representava os deuses na terra, e seu papel era preservar nossa cultura e defender nossas terras.

- Fui abraçado por uma Draugur, uma Boabhan Sith... até hoje não sei o que realmente elas eram... uma linhagem de gangrel? Uma coterie? Ou apenas uma Gangrel e suas crias, que por séculos habitaram a costa da Escócia. O fato é que eu matei uma delas e despertei ódio na mais velha que resolveu me amaldiçoar destruindo minhas chances de adentrar os salões de Odin.

- Naquela época eu era conhecido como Thornevald Tanngnjóstr, pois meu pai criava cabras no final de sua vida e meus irmãos me apelidaram Tanngnjóstr, eles sabiam o quanto isso me irritava... o apelido ganhou fama enquanto me tornava um guerreiro e foi por esse nome que fui chamado durante muito tempo mesmo depois de ter me tornado uma criatura da noite.

- Se não fossem por Freya, Hrafnar e Presas eu nunca teria aprendido o caminho que hoje sigo. Freya era nossa sacerdotisa, ela seguia o caminho de Aesirgard... Hrafnar e Presas eram seus mais fiéis guerreiros, e foi com Hrafnar que aprendi a trilha do guerreiro.

- Hrafnar era um mestiço. Nascera na ilha que hoje recebe o nome de Irlanda... não me recordo se levava o mesmo nome naquela época... e nunca soube seu verdadeiro nome... pra mim ele sempre foi Hrafnar o corvo... mas o que importa é que lá não era nosso território, era terra dos celtas. Seu pai era um guerreiro velho recém convertido ao culto do deus pregado, que tomara para si uma jovem dinamarquesa. Para vocês entenderem um pouco melhor o quão errado foi isso quando a Ilha de Gelo foi colonizada muitas das mulheres eram celtas... Porquê? Por que os celtas, principalmente os que se converteram eram frouxos, e suas mulheres nos preferiam... simples.

- Bom, dessa sua “união” nasceu um garoto de cabelo escuro e fraco. Hrafnar era magro e esguio... rápido mas ainda assim um fraco. Seu velho pai o espancava noite após noite, sempre lembrando ao bastardo quantos dos seus ele havia matado em sua juventude, e dizendo antes de morrer, ou talvez simplesmente no dia que se cansasse de estuprar sua mãe jogaria os dois aos porcos, pois não pretendia alimentar seus cães com carne de seus inimigos.

- O erro de seu pai foi questionar o sangue que corria nas veias do garoto. Numa noite Hrafnar rasgou a garganta de seu pai e tentou fugir na calada da noite com sua mãe. Sua mãe foi pega e teve a cabeça cortada. Hrafnar pediu aos deuses de seus ancestrais, aos quais se quer sabia a pronuncia correta, por força para se vingar e teve suas preces atendidas pela valkiria Freya.

- Mas nada disso importava quando o conheci... para mim ele continuava sendo um mestiço, bastardo de um pai que era duplamente meu inimigo. Talvez tenha sido por isso que Freya o escolheu como meu tutor... ela sabia que um dia estaríamos num campo de batalha e que era necessário que um fosse capaz de contar com o outro para podermos enfrentar nossos verdadeiros inimigos, os Lassombras que espalhavam a palavra do cristo branco.

- Foi Hrafnar passou a me chamar de Thurisaz... a runa de Thor... Freya preferiu simplesmente encurtar meu nome mortal e me chamar de Thorne, o que no final tinha o mesmo significado...

- Lutamos muitas batalhas juntos, e no decorrer das décadas nosso pequeno grupo acabou se expandindo. Hrafnar me ensinou tudo o que sabia e depois ensinou muitos outros, assim como fiz quando chegou minha vez, e faço até hoje.

- Eu aprendi sobre os altos e baixos clãs, e que muitos Gangrel lutavam pelos auto clãs como seus escravos... Entendam que esses eram tempos antes da ascensão da Camarilla e do Sabbat... antes de Lassombras e Ventrues bipartirem os alto clãs e a Camarilla recrutar baixos clãs para suas fileiras...

- Lutei minha última batalha ao lado de Hrafnar pouco antes de embarcar para a tal Terra Verde de Erik, o Vermelho ... Hrafnar lutava ao lado de Presas e um pequeno grupo para defender uma vila que vinha sendo atacada por Lassombras e seus lacáios... Hrafnar morreu junto com aquele que liderava o ataque... com o corpo em chamas, com garras e presas no corpo de um inimigo bem mais poderoso que ele. Tenho certeza que hoje ele senta ao lado de Odin e brinda conosco.

- Hail Hrafnar, o corvo berserker que levou fogo às sombras.

Ele toma outro grande gole derrama um pouco no chão e lhe estende o chifre.

- Sua vez, conte me uma história...

Humor: bom
Ouvindo: Van Nuys (Los Abandoned )
Lendo: Draconian
Assistindo: The Strain
Jogando: nada
Comendo: muffin de queijo
Bebendo: frappuccino de café
Na net: Trailer del Chavo (La Película)

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